Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1427)

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Personagem de romance

Personagens de romance.

Lembro-me bem como nasceu esse amor.
Veio com um vento forte e trouxe
um turbilhão de sensações e fervor
Tão firme permanece, não ha quem afrouxe.
Com nó está atado e o levarei a eternidade.

Fez do coração a sua moradia.
É calmo, traz ternura para meus dias.
Não chegou espatifando anseios.
Pelo contrário, ele traz lindos devaneios.

Perco-me na imensidão por tanto amar.
Vaqueio perdida por horas a fio Trago à alma uma encantação e sonhar
Senti-lo assim forte é um desafio
que somente conhece que muito ama.

Nosso amor vem de longa aurora.
É um querer épico com tons e nuances.
Construção forte e jamais irá embora
Faz de nós, personagens de romance.

Márcia Aparecida Mаnсеbо (06/05/10).

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Em ti, estou!

Em ti, estou!

Tento me descobrir
Para ver se me encontro
Quando fujo de mim
E voo para teus braços.

E nesse espaço me perco
Esqueço de quem eu sou
Sinto - me refém do querer
Não sei a quem me pertenço.

Qual borboleta a voar
Sobre as folhas do outono
Quando estou em ti
Tento me descobrir.

E nessa procura vã
Em procurar quem eu sou
Acordo do sonho, atordoada
E sinto que em ti, estou!

Márcia Aparecida Mancebo

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Folha murcha

Folha murcha

Percebi em pleno outono que o vento
soprava diferente do que o esperado
e a manhã estava quente no momento;
não viria chuva pra molhar o prado.

Notei que seria um dia tristonho,
sem graça com folhas sem ter direção
Cheguei a pensar que dormia e era um sonho.
Jamais senti no outono essa sensação.

Pensei no que vivi por tantos outonos
nunca o vento desviou o rumo assim…
Agora envelhecida senti o abandono
quando vi as folhas murchas no jardim.

O dia passou e a tarde chegou triste
Anoiteceu sem estrelas e luar
Comparei o viver co' o outono que insiste
que eu seja qual folha murcha sem voar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Seguindo a trilha

Seguindo a trilha

Já esqueci os meus erros, não choro mais
Vaguei noites e dias na madrugada
Lágrimas secaram, deixei-as pra trás
Entendi que seguir é sina outorgada.

O tempo ensinou-me que a chuva lavou…
… lavou os pecados escondidos, n'alma
Seria melhor esquecer o que passou
Tenho muito que andar, preciso de calma.

Os sonhos altos demais trouxeram erros
E quando acordei senti a solidão
Segui minha trilha levando o desterro
que havia assolado o meu coração.

A vida acolhe-me tal como sou
Por onde caminho não sou ser errante
Apenas alguém que muito acreditou
Que seu paradeiro seria o horizonte.

Márcia Aparecida Mancebo

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Jornada

Jornada

Sinto a minha alma ser por Deus, abraçada.
Por isso levo na face uma alegria
ao palmilhar essa longa estrada
tão necessitada de sabedoria.

Usar da sabedoria pra viver
Para que os passos tenham direção
Para que meus olhos possam longe ver
Aonde poderei deixar o coração.

Aonde posso adentrar sem me ferir
ser feliz e sequer ter decepção
Preciso de paciência pra atingir
essa vida de longa dimensão.

A jornada será fácil se eu pensar
com a fé que o sol virá ao amanhecer
Carregado de luz para iluminar
Todas as flores que estão a florescer.

Márcia Aparecida Mancebo

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Te querer!

Te querer!

Tudo que existe de ti em minha alma
chegou co'o vento forte do oriente
Veio de longe e trouxe - me calma
para eu seguir meus dias docemente.

Segui calada sentindo - me forte
Lutando com os furacões da lida
Cheia de fé acreditei na sorte
que pelo caminho encontraria vida.

Vida radiante repleta de ardor
Com sol a iluminar os meus dias
Noites serenas, regaço acolhedor:
Com amor satisfazendo a fantasia.

Minha alma acostumou com tua presença
Meu coração te ofertei com prazer,
pois ensinaste - me que amar não é crença
E hoje não sei mais viver sem te querer!

Márcia Aparecida Mancebo

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Amor sagrado!

Amor sagrado!

Hoje voltei pra aquela primavera
para poder regar as secas flores,
tirar do coração todas as dores
que envelhecem meu ser com as quimeras.

A primavera se foi e hoje anela
sentir das secas flores os olores
que inflama o coração com os ardores
desejando a paixão para nova era.

Levando a mente cheia de lembranças
Suspiro com saudade do passado.
Tenho co'a primavera uma aliança.

Meu velho coração ama calado
Sem deixar que se vá toda a esperança
Cultua num altar o amor sagrado!

Márcia Aparecida Mancebo

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Mãe!

Mãe!

Mãe, estrela que Deus pôs neste mundo
pra iluminar o caminho dos filhos
com orações no silêncio profundo
na solidão da noite que não tem brilho.

Mãe tem uma missão e não desiste
enquanto não vê os filhos felizes
Pede a Deus bençãos e a tudo resiste
mesmo com o coração com cicatrizes.

O amor de mãe é de fato verdadeiro
São os filhos que a torna aguerrida
para seguir com olhos quais luzeiros
pra lutar pelos entraves desta vida.

Como mãe só tenho a Deus agradecer
pelos filhos que gerei com tanto amor
Meus filhos são o sol do meu viver
Por onde caminho levo o seu olor.

Márcia Aparecida Mancebo

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Glosa - Invasão da Alma

Invasão da Alma
Glosa

Mote:
"castigando sem dó toda a alma co' açoite
fazendo - me sentir um alpendre quebrado!"

Invasão da Alma

Quisera ter a doçura duma lágrima
que rola dos olhos da mãe, cai calada
invadindo a vida pela madrugada
quando a despedida chega qual a água
da enchente, no coração e que deságua
num momento inoportuno... Inesperado
que adentra no silêncio enluarado
trazendo a escuridão para a bela noite,
castigando sem dó toda a alma co' açoite
fazendo - me sentir um alpendre quebrado!

Márcia Aparecida Mancebo
03/05/24

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Num lance

Num lance

Momento outonal é o que estou recordando
As folhas caídas no chão tem perfumes
Esse olor sentido, ah! Estou divagando
Minha alma está feliz sem nenhum queixume!

A paisagem é renovada co' o vento
Divago ao voltar no tempo, ah, fantasia!
Esse aroma impregna no pensamento
Vestindo - me com a roupa da magia.

A magia em poder degustar num lance
bastando apenas fechar os olhos, ver
O passado colorido, com nuance
e o redemoinho que leva o viver.

Desejo que a vida seja sempre assim
Um belo espetáculo aos olhos qual tela
E esse momento traga lembrança a mim
Co'o forte vento a bater na janela!

Márcia Aparecida Mancebo
02/05/24

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Harmonia e paz

Harmonia e paz

Boas sintonias atraem amigos
Pois, viver sozinha não é saudável.
Desejo que pessoas sigam comigo.
Gosto de ser com amigos, agradável.

Sozinha é difícil vencer o caminho.
As pedras poderão machucar os meus pés!
Seguindo com as mãos dadas com vizinho
tenho alguém para me ajudar no revés.

A vida oferece, sim: felicidade;
A todo aquele que sabe conviver.
É um ato tão simples e, na verdade:
Exige com bons olhos, o outro, ver.

Aprendi muito cedo o que é a harmonia.
Comparo a harmonia co 'a noite estrelada:
Quando contemplo a bela luz que irradia:
Sinto a minha alma ser por Deus abraçada!

Márcia Aparecida Mancebo
03/05/24.

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Serei águia

Serei águia

Assim que a borrasca acalmar a minha alma
pronta estará para voar às alturas
Meu ser estará ativo e estarei calma
para enfrentar dos meus dias as agruras.

Serei então qual águia destemida
Que carrega no coração todo amor.
Para o alto irei pairar sem medo da brida,
livre, sem dor, em etéreo fulgor.

Qual águia com asas, terei proteção
E meu coração flutuará na dança
de uma melodia muda da paixão
Na força infinita encontrará mudança

A tempestade passou, a alma abrandou,
O coração cheio de amor e ternura
reconquistará o que na terra deixou.
Foi neste voar, nesta doce aventura
Que a beleza da vida ressuscitou.

Márcia Aparecida Mancebo

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Renasci!

Renasci!

Ressurjo das cinzas com tanta alegria
Deixando de lado o tempo passado
Com a face corada, feliz e macia
Co' a messe cumprida de todo um legado.

De tanto chorar as lágrimas secaram
Olhos ora fosco, voltaram brilhar
Os lábios vermelhos risos brotaram
E com intensidade voltei a sonhar.

Com tanta vontade da lida encarar
Caminho sem pressa pra não me cansar
De longe uma miragem eu vejo acenar.

Aceno tão terno das curvas vencidas
Sentindo um alívio por ser aguerrida
Começo a sentir o perfume da vida!

Márcia Aparecida Mancebo

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Memórias de outonos

Memórias de outonos

O vento ao passar deixou folhas no chão.
Não foi de propósito, é o outono chegando:
com a ventania qual triste canção
que vem lá de longe... Chega aqui chorando.

E num rodopio as folhas a voar
Caindo no solo e ao se espalharem
Fazendo a minha alma triste suspirar
verter dos olhos... águas rolarem

Momento outonal com flores abrolhando,
Co’andorinhas em pares, voltando aos ninhos
Nas tardes com vento e folhas voando
Eu aqui da janela olhando sozinho
Com o pensamento me torturando.

É nesse momento que vem á memória
As recordações dos outonos passados;
Tão cheios de sons e de belas histórias,
De suave perfume e dos passos traçados
Da infância feliz repleta de glórias

Márcia Aparecida Mancebo

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Penso assim...

 

Penso assim…

A vida é uma estrada com atalhos, sim.
Há muitas curvas, às vezes sem setas,
no ar paira um suave olor de jasmim
principalmente onde a via é reta.

É galante, por ter atalho e olor.
Se eu não tiver conhecimento, afundo
e caio num poço profundo sem cor
e num furacão de atrativos me inundo.

Por isso caminho com muita cautela.
Pois, na leitura muito cedo aprendi
Ando sem ter pressa nessa bela tela
Creio que foi isso; cheguei até aqui!

Sigo conjugando sempre o verbo amar
Sinto ser esse o meu pretender.
Sou exagerada para despertar
bom sentimento no modo de viver.

Sou preciosa neste vasto jardim
que é a vida com atalhos e perfumes
Para esquecer as mazelas, sou assim
Sigo sem medo afastando o queixume.

Márcia Aparecida Mancebo
26/04/24

 

 

Atividade do grupo Desafio Poético ( Suave… leitura… conhecimento… despertar.)

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Sozinha

 

Sozinha
 
A vida longa viagem
Um desafio ao meu ser
É nessa linda paisagem
Que necessito viver.
 
Passarela colorida
Onde estou a percorrer
Faz - me chorar comovida,
 pois, sigo sem meu querer.
 
Sem arrogância a seguir
Vou desbravando fronteiras
Com alegria a sorrir
Quero vencer as barreiras.
 
Pretendendo assim trilhar
Sendo de todos, irmãos
E com olhos a brilhar
Sentir paz no coração!
 
Márcia Aparecida Mancebo
 

 

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A lista

A lista

Fiz uma lista de todos os amores
De quem marcou mais e quantos me amaram
de quem inda guardo pétalas de flores
mesmo, envelhecidas perfume deixaram.

E, nesta lista há nome riscado
Que já não lembro o porquê risquei
Na memória não o tenho guardado
Sequer seu semblante na mente guardei.

De todos os nomes nenhum eu amei
Era tão jovem para compreender
E quando penso na lista eu não sei
para onde foram, onde estão a viver?

Hoje entendo que os fiz padecer
quando a solidão traz para a lembrança
Quanta arrogância nenhum escolher,
pois, esta vida é cheia de mudança
se estou sozinha foi por meu querer.

Márcia Aparecida Mancebo.

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No outono...

No outono…

Quando vejo abrolhar ao nascer o dia
as belas orquídeas que o outono enfeita
e um pé de rosa que ao nascer tardia
tão pequena, mas o olhar não a rejeita.

Não há como não sentir o forte vento
sem notar que folhas passam voando
E nesse instante vem ao meu pensamento
Que lentamente o tempo está mudando.

De agora em diante a cada amanhecer
As folhas estarão forrando o chão
e o sol não será tão quente ao entardecer
e nas noites verei no escuro, clarões.

É no outono que vagueia a minha mente
Volto ao passado repleto de lembranças
E vejo - me a brincar no prado, contente.
Como no tempo que era uma criança!

Márcia Aparecida Mancebo
25/04/24.

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CPP